Já que o planeta Marte está aí próximo, aproveito para falar um pouco deste deus. Pai dos gémeos fundadores de Roma, deus da Guerra, parece que foi na origem um deus ligado à terra. Várias das suas características foram “emprestadas” do Ares grego. O seu culto era prestado sobretudo a nível institucional nas legiões, juntamente com a Vitória, embora alguns legionários a título individual também o adorassem. No entanto nos 2 primeiros séculos do império a preferência dos soldados ia para Fortuna, a deusa da sorte ou qualquer outra divindade que lhes pudesse assegurar a sua preservação física. Mesmo os imperadores romanos que se identificavam com deuses preferiam faze-lo com Júpiter ou Hércules. Marte nunca foi assim muito popular. Nos séculos seguintes antes do advento do cristianismo, os cultos orientais (sobretudo de Mitra), fizeram numerosos fiéis. Depois do estabelecimento do cristianismo, o culto foi abandonado (mau grado a breve tentativa de restauração do paganismo por Juliano o Apóstata em meados do séc. IV) no exército e desapareceu. Durante a Idade Média e o renascimento, a literatura e escultura usariam a figura de Marte (assim como de outros deuses) como figura simbólica.
O planeta mais próximo do nosso seria baptizado com o nome do velho deus do Lácio, e Holst faria depois da primeira Guerra Mundial uma música extremamente bélica. A literatura e cinemas contemporâneos manteriam o nome vivo, ligado à ficção científica.
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