sexta-feira, março 04, 2005

Blitzkrieg-VII

Sobre a frente de Leste o autor pouco fala. Refere a superior qualidade dos tanques soviéticos em relação aos alemães no princípio da guerra, que tinham menor calibre e blindagem, maior altura (o que os tornava um alvo atraente). E mesmo os tanques alemães seguintes (como o pantera) que são considerados excelentes, tinham muitos defeitos: maior altura, problemas mecânicos, dificuldades de produção, o que levava a que fossem construídos em números irisórios por comparação aos soviéticos ou norte-americanos; assim, estatisticamente, embora um tanque alemão pudesse destruir 3 ou 4 tanques inimigos em média, teria de enfrentar um número muito superior, o que redondava em vantagem do inimigo, apesar de perdas graves (claro que as tripulações dos tanques poderiam ter outra opinião...). Desenvolve muito a temática dos anti-tanques auto-propulsionados, mas não percebi muito bem onde queria chegar: de facto, excepto pelo facto do canhão ser imóvel, em tudo podem-se considerar tanques e não percebo porque ele lhes dá tanta importância.
Para a frente italiana, o autor considera que a operação foi um desastre para os aliados. Demoraram um mês para conquistar a Sicília com um milhão de homens contra 60.000 do eixo, que conseguiram retirar 50.000. Todo o plano de Churchill fazia sentido, na medida em que de acordo com o paradigma da época, quem tivesse superioridade aérea esmagava o inimigo. O problema é que a realidade é mais dura, e se os aviões ajudam, quem decide são os soldados no terreno e o seu número (não é um capítulo muito inspirado).

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