Sobre as campanhas da Finlândia e da Noruega o autor não desenvolve muito. Ficamos a saber que os finlandeses tinham uma arma semi-automática (outros exércitos também a tinham) mas que eles a usaram em grandes quantidades, destroçando unidades inteiras soviéticas. Contra os tanques inventaram o coktail molotov (muito arriscado de se usar, mas o desespero faz milagres). Os soviéticos tinham excelente equipamento, e atacaram de “forma moderna”: lançando primeiro a aviação, depois os tanques e no fim a infantaria. A aviação tinha má pontaria (num bombardeamento em Helsinkia falharam todos os alvos propostos e conseguiram para cúmulo acertar na embaixada soviética); os tanques eram destruídos por grupos emboscados, e a infantaria era exterminada no fim: o que falhou foi mesmo a teoria que foi aplicada. Para se justificar esse falhanço os historiadores socorrem-se habitualmente a diversas causas: as purgas de Estaline, a inexperiência do exército, a coragem dos finlandeses, etc, desviando-se das causas reais. Se para os finlandeses a guerra foi terrivelmente custosa (quase uma centena de milhar mortos e feridos para um país de 4 milhões), para os soviéticos foi bem pior: os números oficiais na época indicavam mais de 100.000 mortos e feridos, mas desde então o valor foi actualizado para 10 vezes esse número...
A campanha da Noruega é apresentada como um desperdício de recursos dos aliados, que depois de terem abandonado a Polónia, queriam (devido à pressão das suas opiniões públicas) mostrar acção. Desviaram assim tropas de elite (a legião estrangeira), aviões e barcos que fariam falta na frente principal.
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