sexta-feira, novembro 11, 2005

As revoltas francesas



Vou começar por uma das mais antigas e conhecidas: as Jacquerie.
Elas começaram no final da idade média em 1358. Estando a decorrer a guerra dos 100 anos, a nobreza que sofrera imensas perdas financeiras (derrotas, campos devastados, resgates a ser pago aos ingleses, a baixa de rendimento devido às mortes pela peste e fuga de camponeses), decidiu manter os seus rendimentos aumentando os impostos e criando novos. O resultado não se fez esperar: os camponeses que também tinham sido duramente afectados pela guerra, começaram a revoltar-se e a assaltar as residências dos nobres. Depois de alguns êxitos iniciais, a grande nobreza reagiu, e conseguiu numa série de vitórias esmagar as revoltas dos camponeses, mal armados e mal liderados. A principal crónica dessa época é a de Froissart: embora seja um defensor incontestável da nobreza e das suas virtudes (pode-se dizer que ele é o ideal de historiador de qualquer regime: cobre de elogios os governantes, critica asperamente os seus adversários, é parcial nas interpretações), faz apesar de tudo um relato relativamente fiel dos acontecimentos. Começa por fazer descrições terríveis das revoltas dos camponeses (o assalto à casa de um cavaleiro, o seu suplício a fogo lento, a violação colectiva da sua família), mas depois descreve os massacres dos camponeses

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