segunda-feira, novembro 14, 2005

As revoltas francesas-II



A fronda
Outra revolta conhecida, foi a fronda (se bem que não fosse uma mas duas revoltas).
Em 1648 a França estava em guerra com a Espanha há alguns anos (a guerra dos 30 anos, que começara por outros países mas se tornara num braço-de-ferro entre Olivares e Richelieu). O cardeal Mazarino decidiu lançar um novo imposto para ser pago pelos oficias de justiça, dado que as finanças reais estavam mal e o povo não estava em condições de pagar novos impostos. O parlamento recusou-se a pagar e ainda propôs algumas reformas limitando o poder real; Mazarino mandou prender os líderes parlamentares. Depois de várias peripécias, Paris revoltou-se e a corte teve de fugir. A corte acabou por fazer algumas concessões e a situação resolveu-se.
Em 1650, é a vez da grande aristocracia se revoltar (incluíndo membros da família real). O motivo do desagrado, era o de ver um estrangeiro acumular tanto poder (e ainda por cima acusado de se ter tornado amante da rainha-mãe e provavelmente casou com ela), ficando a nobreza afastado das rédeas do poder. Revoltaram-se os comandantes de vários exércitos (Turrene, Condé), até então em luta contra a Espanha (por sorte, as tropas espanholas encarregues de ajudar os revoltosos foram detidos por camponeses que lutaram pelo seu país). Mazarino é obrigado a exilar-se, e as várias facções viram-se umas contra as outras, embora o esgotamento do país, levasse a alguma acalmia. No ano seguinte Mazarino volta com um exército e vários comandantes que se tinham aliado à causa real viraram-se contra os seus anteriores companheiros de revolta. Continuaram as batalhas até 1653, até que se chegou a um compromisso, em que todos se submetiam à autoridade real, e tudo continuava na mesma, com Mazarino no poder, mantendo-se a guerra com a Espanha até 1659, em que se estabelecia a França como a potência da época, tendo a Espanha perdido a guerra dos 30 anos. E Luís XIV estabelecia o poder absoluto da realeza, pronto a ser aceite por uma população cansada da anarquia.

Sem comentários: