terça-feira, agosto 17, 2004

Os princípios de um exército-I

Este post é longo e portanto vai ter de ser repartido em várias partes (umas 4 ou 5).

Li recentemente nas férias um livro chamado “An army at dawm”; ganhou o prémio Pulitzer e foi escrito por Rick Atkinson. Não gosto muito do estilo de escrita (muito patriótico), mas é de facto uma mina de informações sobre a entrada do exército americano na segunda grande guerra.
O livro aborda a campanha africana, desde os desembarques em Marrocos e Argélia em 1942, até à capitulação alemã na Tunísia em Maio de 1943.
Fica-se siderado com a falta de preparação dos norte-americanos. A economia teve de ser reconvertida para as necessidades de guerra, mas os militares não sabiam exactamente o que era necessário; eram utilizados dados referentes à primeira guerra.
Diga-se em boa verdade que os americanos queriam desembarcar imediatamente em França para apoiar os soviéticos que estavam à mercê da grande ofensiva de Verão de Hitler em 1942 (e os americanos tinham a noção de que se a URSS caísse, a guerra seria interminável) e também para poder seguir para seguir directamente para a Alemanha vencendo a guerra de forma rápida; simplesmente os ingleses (que tinham interesses diferentes), argumentavam que um ataque directo em França seria um suicídio dada a força alemã nesse período e argumentavam com dados estatísticos sobre a relação de forças contrapondo um ataque contra uma zona periférica como o norte de africa que enfraqueceria o eixo, enquanto que os americanos ainda muito inexperientes nas reuniões apenas se defendiam com o uso de bom senso. Eram duas estratégias provenientes de culturas e recursos diferentes: os ingleses que estavama há séculos habituados a lançar ataques indirectos até enfraquecer o adversário, evitando um confronto decisivo e os americanos que carregavam imediatamente possuíndo recursos quase inesgotáveis que lhes permitia vencer pela superioridade de meios de forma vassaladora. Os ingleses venceram, e provavelmente foi o melhor que podia ter sucedido, pois como veremos a seguir, nem com meios os americanos conseguiam no princípio derrotar os alemães.

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