quinta-feira, setembro 28, 2006

Childerico III

Foi o último soberano merovíngio, e “reinou” de 743 a 751. De facto, há cerca de um século que o governo do reino estava nas mãos dos mordomos do palácio. Estes, oriundos da alta nobreza, passavam parte do tempo em conflito com outros nobres que não acatavam as suas ordens, a enfrentar ameaças exteriores e os rivais de outros territórios da França (cada vez que um soberano morria, os seus territórios eram divididos pelos filhos, criando uma corte em duplicado incluindo mordomos do palácio). Os reis por uma sucessão de incompetentes, reis menores e divisão constante do reino tinham ficado reduzidos a um mero papel de reis fantoches. Pepino o breve, o mordomo do palácio decidiu às tantas que era inútil manter a ficção dos reis merovingios e foi coroado rei com a aprovação do Papa. Mas o cerimonial era muito diferente: os merovingios sempre tinham sido soberanos por direito próprio, sendo aclamados pelos guerreiros em cima de um escudo. Para ser legitimizado, Pepino o breve decidiu recorrer a outra autoridade, a da Igreja, tornando-o mais legítimo do que os merovingios (para efeitos de propaganda, dado que o poder já estava nas suas mãos). Childerico foi enviado para um convento com o seu filho, sem outras consequências.

4 comentários:

Anónimo disse...

É verdade que Pepino, o Breve, era extraordinariamente baixo? Que de altura teria 1,10 metros ou coisa assim?

Fabiano disse...

Não sei exactamente a sua altura, mas ser chamado de baixo numa época (séc. VIII) em que os homens não eram propriamente gigantes é indicativo...

João Moutinho disse...

O Napoleão também era baixo, tal como o Estaline.
O nosso Presidente é que já nem tanto.

Fabiano disse...

Todos os líderes partidários Ps/PSD, primeiros-ministros e presidentes foram altos, o Marques Mendes representa uma excepção (explicada pelo Santana Lopes)