Para equilibrar as coisas, vou referir um caso que se passou nos E.U.A. (também na II Guerra Mundial). Com o ataque de Pearl Harbour, boa parte da comunidade Japonesa, ou de origem Japonesa foi "internada" em campos para evitar possíveis actos de sabotagem. Poderiamos dizer que foi um reflexo natural da guerra contra o Eixo se não fosse o caso da comunidade Italo-Americana e Germano-Americana não terem sido incomodados; afirmou-se que foi um acto nítido de racismo, mas provavelmente a explicação é outra: a alemanha e itália declararam guerra segundo as regras enquanto que o Japão atacou de uma forma considerada traiçoeira e ao destruir a frota feriu o amor-próprio americano; os nipo-japoneses teriam sido deste modo o bode expiatório. Dado que muitos tinham carreiras construídas (como médicos ou comerciantes), estar durante anos presos, arruínou-lhes as carreiras.
1 comentário:
O facto de os governantes americanos terem dificuldade em compreender a mentalidade e a cultura japonesa deve ter contribuído para essa decisão. O mesmo não se passava com os descendentes de alemães e italianos que, além de serem mais numerosos e de combaterem no exército americano contra as antigas pátrias - nalguns casos, sendo alemães ou italianos de "primeira geração", o que lhes valia a pena de morte caso fossem capturados pelo inimigo -, sempre tinham mais afinidades com a mentalidade e cultura americana. Com os nipo-americanos a coisa era diferente, pois existiam muitos preconceitos, ideias feitas e dúvidas sobre a mentalidade japonesa, especialmente em relação à sua lealdade para com os Estados Unidos.
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