sexta-feira, setembro 12, 2003

Decadência Romana-I

Li há uns dias um artigo no blog religar (http://religar.blogspot.com/), a refutar um outro artigo que defendia que o cristianismo fora a razão da decadência do Império Romano, partindo do exemplo de Éfeso. Como não li este artigo não o posso comentar, e é complicado fazer uma análise objectiva sobre o assunto, mas posso dissertar e apresentar alguns dos meus pontos de vista e é o que vou fazer...
Como é que um império que conseguiu vencer tantos adversários sofreu uma decadência tão rápida? Teria a Igreja contribuído para essa decadência ao esmorecer o patriotismo romano?
Em primeiro lugar, os historiadores têm revisto o conceito de decadência. Se analisarmos os sécs. IV e V, estes são muito ricos a nível artístico e cultural (sobretudo se comparados com o séc. II e III). Temos os Padres da Igreja, os Neo-Platónicos, os primeiros passos da arte bizantina (a não ser que não se goste dessas manifestações artísticas mas ai é questão de opinião) a mostrar a vitalidade do império que continuou com Bizâncio. É que quando se fala de que o império se desmoronou, existe a tendência a esquecer que o império romano do Oriente, fortemente cristianizado e urbano ainda aguentou mais mil anos, enquanto que a metade ocidental pagã e rural é que foi conquistada pelos bárbaros.
Aliás rapidamente a Igreja se colou ao poder, e se tivera reticências ao serviço militar nos tempos da perseguição, a partir do momento que o império se tornou cristão considerava um crime grave alguém furtar-se ao seu dever (a pena por deserção no exército era ser queimado a fogo lento).
A Igreja tornou-se fervorosamente patriótica e romana (a ponto de desgostar um neo-pagão como o imperador Juliano que achava que os cristãos só deviam poder ensinar coisas relacionadas com o cristianismo e não cultura clássica). De alguma maneira aumentou a consistência do império.
Um argumento que se apresenta normalmente, é que enquanto o Império pagão fora tolerante, o cristianismo era intolerante perseguindo pagãos, cristãos considerados heréticos e judeus. Roma de facto fora relativamente tolerante (se perseguira pontualmente grupos como os cristãos fora por motivos muito específicos), mas depois das dificuldades do séc. III. (uma série de invasões bárbaras, guerras civis e crise económica), vários imperadores procuraram centralizar mais o estado, obter um maior controlo dos cidadãos (para deste modo ser mais fácil mobilizar recursos humanos e financeiros), e unificar o império em torno de uma ideologia. Com Constantino tornou-se o cristianismo a religião a obter esse monopólio.

4 comentários:

Anónimo disse...

Roma


Roma foi fundada na região central e depois por meio de conquistas militares, expandiu seu território, dominando toda a península e outras áreas em torno do mar Mediterrâneo.No interior da cidade encontra-se o estado do Vaticano, residência do Papa. É uma das cidades com maior importância na História mundial, sendo um dos símbolos da civilização européia. Conserva inúmeras ruínas e monumentos na parte antiga da cidade, especialmente da época do Império Romano, e do Renascimento, o movimento cultural que nasceu na Itália.

A história de Roma é dividida em três períodos:

Monarquia: época em que Roma era uma pequena cidade sob a influência dos etruscos.
O crescimento populacional, a prosperidade econômica e a expansão territorial são fatores que explicam a desintegração da comunidade gentílica. Com o tempo as famílias mais fortes foram se apropriando das terras mais férteis, surgindo a propriedade privada e os proprietários de terras, que se tornaram a classe dominante em Roma, os patrícios.

República: Roma desenvolveu suas instituições sociais e econômicas e expandiu seu território, tornando-se uma das maiores civilizações do mundo. A República Romana (do latim res publica, "coisa pública") é o termo utilizado por convenção para definir o Estado romano e suas províncias desde o fim do Reino de Roma em 509 a.C. (quando o último rei foi deposto) ao estabelecimento do Império Romano em 27 a.C.
A palavra República, em latim, quer dizer “coisa de todos”. No enquanto, o que se viu em Roma não foi distribuição de poder, mas a instalação de uma organização política dominada pelos patrícios.

Império: os romanos enfrentaram inúmeros problemas internos e externos. A combinação desses problemas levou Roma a decadência.
A diferença entre o império e a república era sobre tudo na forma como os corpos governativos eram instituídos; pode-se definir a república como um sistema de governo que leva em consideração os interesses dos cidadãos, estes elegem os seus representantes que irão governar a nação por um determinado período de tempo. No Império Romano o governante, neste caso o imperador, é legitimado muitas vezes através de um golpe militar, ou de uma suposta ascendência divina. Diferentemente da república, o cargo do governante no império é vitalício (só cessa com a morte do mesmo).

Anónimo disse...

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Anónimo disse...

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Unknown disse...

Keria msm saber como o cristianismo colaborou para a decadencia de roma !