Esta é uma questão que ainda hoje levanta dúvidas (e questões políticas actuais só pioram). Na antiguidade, as opiniões dividiam-se: se por um lado, não lhes era permitido a participação nos jogos olímpicos, e eram mesmo classificados de povo bárbaro (dado que falavam uma língua incompreensível para os gregos), por outro, numerosos autores gregos consideram-nos se não gregos de pleno direito, pelo menos aparentados (e ainda mais à aristocracia).
Do ponto de vista linguístico, as coisas não são muito mais claras. O que sobreviveu da língua foram provérbios do final do império romano e pouco mais (a aristocracia falava e escrevia em grego), o que permite estudar algum vocabulário; ora grande parte deste é muito semelhante ao grego (o que se pode justificar pela crescente helenização), embora existam diferenças que o permitem comparar com outras línguas. Existem autores que consideram que é um dialecto grego que devido ao seu isolamento, afastamento e influência de outras línguas (principalmente o trácio e ilírio,) lhe deram um carácter incompreensível; outros dizem que seria uma língua separada própria, embora aparentada ao grego.
Ou seja, actualmente não se tem a certeza do que eram.
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