sexta-feira, julho 02, 2004

Afrika Korps-II

Quais as razões para o Afrika Korps (DAK) não ter sido bem sucedido na conquista do Egipto? Algumas são óbvias: nunca receberam os abastecimentos (comida, combustível, munições, reforços, armas) que necessitavam em pleno, o que condicionava os planos de batalhas (necessitando mensalmente 150.000 toneladas recebiam em média 100.000, embora em ocasiões de maior eficiência inglesa podiam apenas receber 30.000). Tendo os seus reforços de vir de Itália estavam à mercê da RAF e Royal Navy (a partir de Malta), nem sequer tendo bons portos de desembarque. Pelo contrário, os ingleses tratavam de que nada faltasse ao 8º exército, de modo que após cada grande vitória de Rommel, poucas semanas depois os seus adversários tinham as forças refeitas (e os seus reforços vinham pelo Egipto que estava fora do alcance do eixo).
O facto do DAK ser visto pelo alto comando alemão (OKW) como uma expedição de ajuda aos italianos que apenas desviava recursos do que interessava (a frente russa), garantia toda a má vontade para o reforçar (mesmo Hitler que apreciava Rommel, acabava por não poder fazer muito); acrescentamos que Rommel não era um aristocrata prussiano mas um plebeu oriundo de Wurtemberg o que o tornava mal visto pelo comando alemão (daí a preferência que Hitler lhe dava), o que tornava a sua posição algo insegura com tentativas de o desacreditar (um enviado para estudar o DAK, concluiu que não tendo recursos suficientes, Rommel devia limitar-se à defesa sem atacar mais- o enviado era Von Paulus o futuro marechal alemão de Estalinegrado- ironias da história). Outro elemento a favor dos ingleses foi terem descodificado o código alemão de comunicação dando-lhes informações vitais (embora por vezes desastradamente interpretadas como foi no caso dos comunicados de Von Paulus, pois Rommel atacou os ingleses desprevenidos fazendo tábua rasa das considerações dos seus superiores).

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