Com a queda do Império, a intolerância pareceu ficar parada por algum tempo. Na Península Ibérica, em princípios do séc. VII os reis visigodos começam as primeiras perseguições: obrigatoriedade de conversão ou expulsão. Com a conquista muçulmana, os Judeus gozam de uma relativa protecção; aliás, por toda a Europa ocidental, até ao séc. X, as perseguições são raras. Com o retrocesso económico que se dera na Alta Idade Média, e o corte entre o ocidente cristão, e oriente muçulmano, o comércio ficara muito reduzido. Os Judeus estando presentes nos dois mundos, mantinham o contacto, e foram assenhorando-se do comércio entre as duas zonas (normalmente de produtos de luxo).
A partir do séc. X as coisas começaram a modificar-se: a sociedade começa a tornar-se mais “cristianizada” e mais intolerante. Em verdadeiras explosões de fúria são feitos ataques da população a Judeus, matando indiscriminadamente homens, mulheres e crianças. Razões económicas para além das religiosas misturam-se: privados do exercício das actividades económicas consideradas “normais” (cultivo da terras), dedicavam-se entre outras coisas à usura (empréstimo com juros, o que era proibido aos cristãos), o que os tornava mais odiados. Grupos de cruzados por várias vezes ao dirigirem-se para a Terra Santa, dedicavam-se a exterminar as comunidades judaicas que encontrassem pelo caminho. Começa a ser hábito espalhar rumores sobre blasfémias e sacrifícios que os Judeus praticariam em segredo para escárnio dos cristãos. Lentamente os Judeus passam a ser forçados a viver acantonados numa zona da cidade (Judiarias- aliás este termo acabaria por entrar no vocabulário popular como significando uma acção vil) e a usar um vestuário com uma marca que os distinguisse (a estrela de David por exemplo).
A atitude da Igreja variava muito: se a corte Pontifícia se revelava normalmente tolerante, protegendo-os, e empregando-os mesmo (como médicos), o baixo clero mais próximo da população incentivava ao ódio e à perseguição. Os soberanos também tinham atitudes diferentes: Frederico Hoenstaufen rodeava-se de Judeus e muçulmanos. Pelo contrário, contava-se uma estória sobre João Sem Terra, em que este precisando de dinheiro, mandara prender um judeu com fama de rico, ordenou que lhe fossem arrancados todos os dentes e só depois é que lhe pediu dinheiro... Verdade ou fantasia (afinal contavam-se muitas coisas sobre João Sem Terra), isto ilustra a instabilidade social dos Judeus: ricos e convivendo com soberanos por um lado, mas sujeitos aos caprichos destes para os defender da fúria das populações.
11 comentários:
OLá!!!!
gostei muito do seu artigo sobre os judeus na idade média!! acho que o tema para além de ser mt interessante, explica mtas perseguições que foram sendo feitas ao judeus durante as diveras epocas históricas!!!
Sónia
Oi!!
Meu nome é Victória, tenho 11 e adorei o artigo! Foi muito útil para minhas pesquizas no colégio.
Ajudou-me a compreender melhor o que minha professora fala em sala de aula.
Victória
Parabéns pelo artigo!
Ajudou muito na pesquisa que estava a fazer para Português.
Obrigada!
Mónica
Oi!
Seu artigo sobre os judeus na Idade Média está divino, se eu não o tivesse encontrado não teria conseguido terminar minha pesquisa estudil.
Está tudo muito bem explicado, parabéns!
Tainah
queria saber o nome da peregrinação na idade media com se chamava.me mandaram no meu celular esta pergunta qual e a resposta...
Esqueceu-se principalmente de comentar sobre a perseguição aos Judeus durante a Peste Negra no século XIV, Baixa Idade Média...
muito bom,estou fazendo um trabalho de historia e usei o seu artigo,parabens !!!
e muito brega
Obrigado por me tirar da recuperação. Belo artigo!
Boa tarde, alguém me pode ajudar? tenho um trabalho da escola para fazer e preciso de saber qual o estatuto socio-economico dos judeus na provença/idade medieval e o porque de serem protegidos pelo papa.
Preciso de ajuda RAPIDA!!
Obrigada,
cumprimentos
Gostei. E não sou um robô. Parvos
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