terça-feira, março 21, 2006
Agis
Esparta depois das derrotas de Leuctros e Mantineia no séc. IV AC sofreu um total apagamento. Perdeu a liderança das cidades da península do Peloponeso que lhe dera um imenso poder. A diminuição de cidadãos por motivos demográficos que já vinha de trás) acelerou-se: no séc. VII Ac tinha cerca de 9000 cidadãos, no séc V AC cerca de 4000, um século depois eram menos de 2000. Em meados do séc. III AC, só restavam 700, dos quais só 100 eram proprietários (tendo os lotes de terras que tinham pertencido aos 9000 cerca de 500 anos antes). Ora nesse período, um jovem rei subiu ao trono, Agis. Este decidiu restabelecer o antigo poder da cidade, voltando (na teoria) a aplicar a antiga constituição espartana. No seu programa pretendia em primeiro lugar abolir as dívidas, depois redistribuir as terras por todos os cidadãos e a criação de novos cidadãos num total de 5000 (entre estrangeiros e periecos residentes na cidade); mais cerca de 15000 pessoas teriam direito a distribuição de terras. Só conseguiu implementar a 1ª reforma, pois sob o pretexto de que deveria aplicar uma reforma de cada vez, a segunda foi sendo adiada até acabar por ser assassinado por opositores às mudanças em 241 Ac, quando tinha 24 anos (Esparta tinha um regime com dois reis, e o líder da conspiração foi o outro rei juntamente com os éforos). O líder da conspiração era o rei Leónidas, que mandou assassinar também a mãe de Agis e a avó; sendo estas ricas proprietárias, tudo passou para a viúva de Agis (que já era rica) que foi obrigada a casar com o filho de Leónidas que era ainda criança. Mas o futuro reservava uma ironia.
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