Teve um pontificado de 1198 a 1216. Foi extremamente intervencionista do0 ponto de vista político. Apoiou diversos candidatos para o trono imperial que estava vago, conforme quem lhe oferecia mais garantias de respeitar a sua independencia (acabou por apoiar Frederico II o que é uma ironia atendendo aos conflitos que teve com a S. Sé). Moderou os reis peninsulares nos seus conflitos (e aqui entramos nós)e pregando a IV cruzada legitimou a conquista de Constantinopla que foi tratada como se fosse uma cidade inimiga. Ainda temos as intervenções contra os albigences no sul de França com uma cruzada, as alianças/mediações de França/Inglaterra e um sem número de conflitos menores. O Vaticano estava no auge como árbitro internacional, mediando conflitos (ou criando-os), utilizando a diplomacia ou a excomunhão. Claro que com o falecimento do Papa, essa autoridade iria progressivamente dissipar-se.
Do ponto de vista doutrinal, reuniu o concílio de Latrão (onde se aprovou e regulou um pouco de tudo, desde a proibição de beber e casar para os padres, a obrigatoriedade de confissão uma vez por ano a um padre, a até a obrigatoriedade de usar marcas distintivas nas roupas para muçulmanos e judeus).
3 comentários:
Em relação à Quarta Cruzada, li algures que ele condenou a conquista de Constantinopla, censurando os Cruzados. É verdade?
Era sabido que Inocêncio III, pouco ou nda tinha de inocente
Sim, pois a cruzada destinava-se a Jerusalém e o desvio preconizado pelos venezianos que levou à suspensão das operações contra os muçulmanos desagradou-lhe (assim como o massacre de cristãos). Mas acabou por considerar as vantagens da operação: em vez de um império decadente cismático e reticente em apoiar a sua política passava a ter um estado que o apoiaria (claro que as coisas não se passaram assim) e considerou que as vantagens e legitimou a conquista (politica realista diriamos agora).
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