Uma pesquisa sobre o ADN de piolhos efectuada pelas Universidades do Utah e da Florida revela que exitem dois tipos piolhos humanos geneticamente distintos, que podem fornecer pistas sobre a árvore geneológica da evolução humana. O primeiro tipo de piolho, encontrado em todo o mundo evolui nos nossos antepassados Sapiens, enquanto que o segundo, actualmente só encontrado no continete americano, evolui noutra espécie Homo, que os pesquisadores acreditam ser o Homo Erectus. A análise às mutações do ADN dos piolhos revelou que estes dois tipos divergiram à cerca de 1.18 milhões de anos. Ora, como os humanos divergiram por volta do mesmo tempo, 1.2 milhões de anos, isto parece indicar que cada variedade de piolho infestou uma espécie diferente de humanos. Estas diferenças só fazem sentido se este dois grupos não interagissem por um periodo não inferior a um milhão de anos, para que não existisse qualquer miscisginação e para as diferenças serem tão visíveis. Assim os melhores grupos de hospedeiros seriam a linhage, que saiu de África mais cedo, evoluíndo para o H. erectus, e o que ficou para trás, evoluindo eventualmente para o H. sapiens.
O cientistas pensam que os piolhos que gantes se alimentavam exclusivamente em Homo erectus saltaram para os Homo Sapiens em contactos ocorridos na Ásia entre 25 mil a 30 mil anos atrás. Segundo eles, os H. erectus poderiam estar extintos, mas os seus piolhos não estavam, pelo que os piolhos tiveram de passar para o H. Sapiens antes do H. Erectus se extingir, já que os piolhos não sobrevivem mais de 24 horas fora do corpo do hóspede. Quanto à forma de propagação entre Sapiens e Erectus, estes poderão ter sido através de lutas, troca de roupas, actos de canibalismo ou mesmo por procriação.
No entanto, um especialista na área de pesquisa de ADN, pensa que o ADN mitocondrial dos piolhos divergiu à 300 mil anos, data muito diferente da pesquisa anterior, defendendo que a nossa espécie nunca contactaram com Homo Erectus. Segundo ele, o Pediculus humanus (piolho corporal) é um dos agentes patogénicos mais facilmente tramissíveis, pelo que poderia transmitir-se entre espécies diferentes sem contacto directo, tal como acontece com os piolhos avícolas.
No entanto novas respostas relativas a contactos entre sapiens-erectus devem surgir devido ao futuro estudo de piolhos púbicos, que se transmitem normalmente por via de contactos sexuais, o trará luz à questão dos possíveis contactos sexuais entre estas duas éspecies do género Homo.
(Jornal Público)
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