Os princípios do séc. XX representam um corte com a música com a tradição musical europeia (é certo que autores como Wagner, Mussorgsky e Mahler já tinham empregue na sua linguagem musical, recursos extremamente inovadores), mas neste período procurou-se criar deliberadamente novas expressões. A música atonal, o dodecafonismo e a experiência utilizando um sem número de timbres e gamas de sons de forma original deram à música erudita um carácter fragmentário e claramente original, que nunca mais parou até à actualidade. Diversos nomes se salientaram: Schoenberg como iniciador, Alban Berg e Webern (mais recentemente com o serialismo e minimalismo e autores como Boulez, Cage e Reich para referir só os mais famosos). Se o autor passa a ter uma liberdade sem precedentes, é no entanto de notar que em grande parte essa nova música erudita não beneficiou com a divulgação feita pelos meios modernos de comunicação, devido à sua natureza muito experimental e afastada das sonoridades mais tradicionais a que o publico está habituado.
Uma obra? Microcosmos de Bela Bartok (1881-1845). Interessou-se pela música popular de leste (era Húngaro) que recolheu, compilou e utilizou como material de base para as suas próprias composições (apesar de ser considerado imaginativo, cheio de recursos, a sua sonoridade não me agrada minimamente, questão de gostos). Incorporando muitas das inovações do seu tempo, fez uma síntese com a música do passado.
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