segunda-feira, outubro 23, 2006

Uma notícia interessante

Edição portuguesa divulga documento secreto sobre os Templários
Reavaliar a condenação dos templários


Os cavaleiros templários, acusados de blasfémia e heresia, foram declarados inocentes no início do século XIV, segundo um documento secreto do Vaticano que vai ser divulgado integralmente esta semana, pela primeira vez, por investigadores portugueses.
O documento faz parte do livro «O perdão dos Templários», da editora Zéfiro, que inclui também textos de vários especialistas nesta área, nomeadamente Eduardo Amarante, José Medeiros, Luís-Carlos Silva, Pinharanda Gomes, Rainer Daehnhardt e Sérgio Sousa-Rodrigues. Trata-se de um documento descoberto em 2002 no Arquivo Secreto do Vaticano por uma investigadora italiana, Barbara Frale, e assinado, entre outros, pelo cardeal Berenguer, legado do Papa. “É a primeira vez que ele é totalmente transcrito do latim medieval e traduzido para português”, realçou à Lusa Alexandre Gabriel, editor da Zéfiro.
A tradução e transcrição do documento em latim, conhecido como «Pergaminho de Chinon», são de Filipa Roldão e Joana Serafim. Segundo Alexandre Gabriel, esta edição “reveste-se de grande importância, obrigando a uma reavaliação e revisão do processo de condenação dos cavaleiros templários” que levou à extinção da ordem religiosa e militar em 1312 pelo Papa Clemente V.
O referido documento, que considera os monges-cavaleiros “inocentes” das acusações de blasfémia e heresia, foi lavrado em 1308, um ano depois do início do processo templário.

Títulos da mesma temática
Esta obra surge nos escaparates livreiros esta semana, quando são também publicados outros títulos sobre a mesma temática. «A regra secreta dos Templários - O livro do baptismo de fogo» transcreve e traduz para português, pela primeira vez, um documento encontrado em 1780 na Biblioteca Corsini dos Arquivos do Vaticano pelo bispo de Copenhaga, Friedrich Münter. Este livro tem também textos complementares, nomeadamente uma introdução de José Medeiros, e um comentário de Carlos Raitzin sobre os aspectos históricos e místicos da Ordem do Templo.
Do investigador Eduardo Amarante, que colabora em «O perdão dos Templários», é editado o primeiro volume de «Templários - De milícia cristã a sociedade secreta». Um outro título, «A grande aventura dos Templários - Da origem ao fim», do professor francês Alain Demurgerm, será lançado pela Esfera dos Livros. O livro, com 679 páginas, traça o percurso da Ordem religiosa e militar fundada por sete cavaleiros em 1120, que se albergaram nas caves do templo de Salomão, em Jerusalém. Em 1307 por iniciativa do Rei de França, Filipe, o Belo, é movido um processo contra os Templários, acusando-os de vários crimes contra a Igreja e Fé católicas.

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