Quem leu “O nome da Rosa” de Humberto Eco recorda-se que tudo girava à volta de um livro, o 2º da Poética de Aristóteles que estaria perdido. Ora aparentemente esse livro existiu mesmo. O livro “Poética”, tal como está, trata da tragédia e da épica; no 6º capítulo, Aristóteles refere que irá mais tarde tratar da comédia, coisa que não faz. Na antiguidade, foi feita uma compilação das suas obras (por volta do séc. III/II A.C.) e eram indicados 2 livros da poética (correspondendo o 1º ao que actualmente existe). No entanto no séc. VI não é feita qualquer referência a esse 2º volume; deste modo a obra perdeu-se muito cedo. A versão mais antiga (do 1º volume da poética, chamemos-lhe assim) que nos resta é do séc. X, em grego, que contém apenas alguns erros gramaticais; existe contemporânea sua, uma versão árabe que teria sido copiada de uma versão síria. Ora não tendo o tradutor árabe, o quadro de referências mental que lhe permitia compreender o teatro grego, fez uma tradução literal, que sendo incompreensível por vezes, por outras permite corrigir o que se entende terem sido adaptações feitas pela versão bizantina.
Uma última nota: existiu um gramático da antiguidade que ao aperceber-se do desaparecimento da parte dedicada à comédia elaborou uma obra para colmatar a lacuna
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3 comentários:
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Podes dar mais informação sobre esse gramático e qual o título do seu tratado da comédia?
Obrigado,
RCarvalho
Ignora-se o nome do gramático, dado que a obra supostamente seria a de Aristóteles. E o nome do livro é: Tractatus Coislianus
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