sexta-feira, julho 29, 2005
quarta-feira, julho 27, 2005
Phallus
O Herodoto deste blog mandou-me esta notícia, que achei curiosa o suficiente para postar.
http://news.bbc.co.uk/2/hi/science/nature/4713323.stm
terça-feira, julho 26, 2005
A História de Genji (Genji Monogatari)
Voltei a pegar na epopeia de Genji (que comecei a ler no verão passado). Para quem não sabé, é considerado "o" clássico da literatura Japonesa e um dos maiores da mundial.
Para já, Genji interessou-se por uma jovem que lhe faz lembrar uma outra mulher que foi o seu grande amor e que já morreu (pelas minhas contas foi o 3º grande amor, e por coincidência a jovem é parente desse grande amor). A chatice é que a jovem é demasiado jovem (pelas entrelinhas deve menos de 10 anos) e a avó da menina (a mãe morreu e o pai não lhe liga) disse a Genji que embora fosse uma enorme honra, a miúda “é demasiado nova para o que ele quer”. Genji bem tentou explicar que não é nada disso, que apenas a quer educar (a narradora diz que ele quer aproveitar as semelhanças com o seu amor para a moldar para ela se tornar o amor ideal, embora tenha de aguardar uns anos pelo resultado final). Vai ensinando-lhe a escrever poemas com os parcos caracteres que ela conhece (que ainda por cima devem ser todos Japoneses e não chineses). E assim vai entretendo o seu tempo.
Para já, Genji interessou-se por uma jovem que lhe faz lembrar uma outra mulher que foi o seu grande amor e que já morreu (pelas minhas contas foi o 3º grande amor, e por coincidência a jovem é parente desse grande amor). A chatice é que a jovem é demasiado jovem (pelas entrelinhas deve menos de 10 anos) e a avó da menina (a mãe morreu e o pai não lhe liga) disse a Genji que embora fosse uma enorme honra, a miúda “é demasiado nova para o que ele quer”. Genji bem tentou explicar que não é nada disso, que apenas a quer educar (a narradora diz que ele quer aproveitar as semelhanças com o seu amor para a moldar para ela se tornar o amor ideal, embora tenha de aguardar uns anos pelo resultado final). Vai ensinando-lhe a escrever poemas com os parcos caracteres que ela conhece (que ainda por cima devem ser todos Japoneses e não chineses). E assim vai entretendo o seu tempo.
quarta-feira, julho 20, 2005
Arqueoblogo
É com muita pena que vejo encerrar o arqueoblogo. O Marco colaborou comigo e com o Filipe no Roma Antiga, e tinha um excelente blog de arqueologia.
terça-feira, julho 19, 2005
quinta-feira, julho 14, 2005
14 de Julho
quarta-feira, julho 13, 2005
Inocencio III
Teve um pontificado de 1198 a 1216. Foi extremamente intervencionista do0 ponto de vista político. Apoiou diversos candidatos para o trono imperial que estava vago, conforme quem lhe oferecia mais garantias de respeitar a sua independencia (acabou por apoiar Frederico II o que é uma ironia atendendo aos conflitos que teve com a S. Sé). Moderou os reis peninsulares nos seus conflitos (e aqui entramos nós)e pregando a IV cruzada legitimou a conquista de Constantinopla que foi tratada como se fosse uma cidade inimiga. Ainda temos as intervenções contra os albigences no sul de França com uma cruzada, as alianças/mediações de França/Inglaterra e um sem número de conflitos menores. O Vaticano estava no auge como árbitro internacional, mediando conflitos (ou criando-os), utilizando a diplomacia ou a excomunhão. Claro que com o falecimento do Papa, essa autoridade iria progressivamente dissipar-se.
Do ponto de vista doutrinal, reuniu o concílio de Latrão (onde se aprovou e regulou um pouco de tudo, desde a proibição de beber e casar para os padres, a obrigatoriedade de confissão uma vez por ano a um padre, a até a obrigatoriedade de usar marcas distintivas nas roupas para muçulmanos e judeus).
Do ponto de vista doutrinal, reuniu o concílio de Latrão (onde se aprovou e regulou um pouco de tudo, desde a proibição de beber e casar para os padres, a obrigatoriedade de confissão uma vez por ano a um padre, a até a obrigatoriedade de usar marcas distintivas nas roupas para muçulmanos e judeus).
quinta-feira, julho 07, 2005
quarta-feira, julho 06, 2005
terça-feira, julho 05, 2005
Durer
Bem, o vencedor de Junho foi Durer. Portanto vai ser o mês com gravuras e retratos deste artista.
segunda-feira, julho 04, 2005
O período Heian-IV
Curiosamente, no final do período, os imperadores iriam voltar a exercer autoridade. Até ao séc. XI, o clã Fujiwara, fora todo-poderoso, tendo o chefe do clã o título de regente ou chanceler (cargos públicos), colocando familiares ou aliados nos lugares chave da administração; nas províncias, os governadores e nobres locais que estavam a deixar de pagar impostos, entregavam “presentes” ao regente, para que este fechasse os olhos à fuga ao fisco, que empobrecia o estado mas no momento favorecia-o; casando as filhas com imperadores (ainda crianças) e herdeiros e obrigando-os a abdicar pouco depois da ascensão ao trono (subindo ao trono herdeiros na maioria das vezes bebés), garantia-lhes a ausência de concorrência. Mas nunca tomaram o passo decisivo de subir o último degrau (razões religiosas e de prestigio: desprovido de poder real, o imperador descendente de uma deusa, ele próprio de certo modo um deus, incarnava a própria nação). Ora em meados do séc. XI, a morte encarregou-se de eliminar todos os herdeiros imperiais filhos ou sobrinhos dos Fujiwara e só restou o príncipe Go-Sanjo, que ainda por cima era já adulto. Este, tratou de formar um partido que o apoiasse e nomeou pessoas de outros clãs (sobretudo Taira e Minamoto) para Kugios (quadros superiores da administração e da corte, que tinham de ser descendentes de um imperador). Coincidindo com alguma divisão nos Fujiwara, conseguiu os seus intentos. Alguns anos depois abdicou, em favor de um herdeiro (que também não era descendente de Fujiwaras), Shikirawa, estipulando que deveria abdicar em favor de um irmão, devendo este fazer o mesmo em favor de outro mais novo. Shikirawa manteve a política de seu pai (que faleceu alguns anos depois da abdicação, sem mexer muito em política), mas abdicou em favor de um filho seu. Com a morte do seu filho, colocou no trono outros filhos e netos e foi governando, até que morrendo, o imperador Toba sucedeu-lhe. Abdicou pouco depois, e repetiu o esquema com os seus herdeiros, governando na menoridade (real ou forçada) dos seus descendentes. E chegou o imperador Go-Shikirawa, que manteve a política dos seus predecessores. Como podemos ver, os imperadores tinham acabado por repetir o esquema inventado pelos Fujiwara em proveito próprio, gozando de maior autoridade (podiam mesmo formular éditos que tinham poder legal). Mas cometeram um erro que lhes foi fatal. A clientela em que se apoiaram na submissão dos imperadores e Fujiwara (pois houve conflitos com eles), era a dos samurai e clãs guerreiros. Os Taira e Minamoto foram sendo sucessivamente promovidos, recebendo honrarias, cargos e sendo usados, até que se aperceberam da sua real força contra a qual a corte nada podia fazer. Quando estalou a guerra Gempei (1180-1185), os dois grandes clãs guerreiros tiraram a máscara lutando pelo poder de armas nas mãos e não com intrigas de corte. Os Minamoto ganharam, e não aceitando os cargos da corte, legalizaram um sistema baseado no feudalismo e obediência aos superiores numa relação pessoal.
Como surgiram os samurais? A palavra vem de um termo que designava aqueles que serviam de homens armados de homens importantes. O sistema militar do Japão baseara-se até ao séc. VIII na conscrição de camponeses. O resultado eram combatentes de duvidoso valor, que só pensavam em voltar para casa dado os custos da campanha (o estado nada lhes pagava) e os riscos. Com a privatização do solo, formou-se uma classe de proprietários, com dinheiro para se equiparem bem; os senhores locais habituaram-se a armar homens ou recrutar quem soubesse combater (muitas vezes ex-bandidos ou emishi- bárbaros do nordeste). Da amálgama destes vários elementos, teria surgido a nova classe.
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