Acabei de ler “Eu, Cláudio” o que me deu a ideia de escrever sobre Tibério.
Tibério Cláudio Nero nascido em 42 a.C; pertencia à gens Cláudia, uma velha e prestigiada família senatorial. A sua mãe Lívia divorciou-se de seu pai Claúdio Nero para casar com o homem do momento, Augusto.
Tibério foi enviado como oficial em diversas campanhas e mostrou-se competente; também se saiu bem em diferentes cargos administrativos: era rigoroso mas honesto e cumpria com zelo as suas funções. Casou com uma filha de Agripa, o mais importante apoiante de Augusto; mais tarde foi obrigado a divorciar-se dela (vivendo feliz com ela) para casar com a filha de Augusto (casamento que correu mal). Estando afastado da sucessão deste pela existência de sobrinhos e netos directos, a morte sucessiva e conveniente deles (especulou-se que Lívia teria envenenado todos esses candidatos), iria torná-lo o único herdeiro aceitável: possuia experiência e idade. Em 14 DC torna-se o Imperador.
Não se lançou em novas conquistas, limitando-se a reprimir algumas revoltas sem grande importância, e a usar a diplomacia com outros países. De forma geral manteve as finanças em ordem, não gastando muito com festas para além do que era necessário, poupando em dádivas e confiscando os bens de todos os que considerasse traidores (que com os anos se foram multiplicando). Não aceitava homenagens divinas, nem aumentava impostos. Os governadores eram escolhidos pela sua competência, tendo de prestar contas do seu governo. Assim, para a população das provincias o seu reinado foi benéfico. Mas as crónicas têm uma visão muito negra dele. Porquê?
Um sobrinho seu de nome Germânico torna-se seu herdeiro: popular, inteligente, militar competente, teria numa campanha conquistado a alemanha até ao Elba, se não fosse ordenado retirar sob o pretexto das perdas; morreu em condições supeitas que indicavam o próprio Tibério ser o autor. O seu filho Druso tornou-se o herdeiro imperial, mas a esposa de Druso que se tornara amante do prefeito da guarda pretoriana envenenou-o e ambos foram com acusações falsas eliminando todos os eventuais candidatos à sucessão; pensa-se que o seu objectivo fosse a ascenção ao trono. Quando Tibério descobriu mandou executá-los assim como amigos e associados.
Entrando em paranoia crescente, vivendo isolado com uma pequena corte em Capri onde se dedicava de acordo com os cronistas a obscenidades com crianças e adolescente, ordenava a execução de todos os que lhe eram suspeitos.
Quando morreu (37 d.C.), correu mais tarde a estória de que fora assassinado pelo seu sucessor Calígula (que de facto era completamente desiquilibrado).
Ora tudo o que nos foi relatado foi por historiadores favoráveis a uma reinstalação da república (Tácito e sobretudo Suetónio), e que eram representantes das classes perseguidas por Tibério (embora tivessem vivido muito posteriormente); deste modo a visão apresentada era a mais negativa possível. E se a figura de Augusto era demasiado venerada para se lhe poder tocar, o mesmo não se poderia dizer dos seus sucessores.
sexta-feira, fevereiro 27, 2004
quarta-feira, fevereiro 25, 2004
Os Judeus na Idade Média-III
Na península ibérica, as coisas mantiveram-se calmas mesmo nos territórios cristãos por algum tempo; depois, no séc. XIV com uma mistura de factores (dificuldades económicas, pestes), levam a um progressivo ódio contra os judeus, até que as populações começam também a ataca-los (qual a relação entre a peste e os Judeus? Nenhuma, mas serviam de bode expiatório). Apesar dos reis os protegerem por interesse, D. João II usa uma artimanha para “converter” os judeus mantendo-os cá (embora oficialmente expulsando-os); algumas décadas depois é estabelecida a Inquisição com as suas consequências.
Em Bizâncio as coisas passavam-se de forma diferente. Tendo-lhes sido progressivamente retirados os elementos de cidadania, nunca foram abertamente perseguidos (embora não lhes fizessem a vida fácil). Se do séc. IV ao VII se deram conflitos nas principais cidades do oriente entre comunidades hebraicas e gregas (tal conflito já vinha de trás), estes extinguiram-se com a conquista desses vastos territórios pelos árabes. De qualquer maneira nunca se deram os progroms que seriam tão frequentes no ocidente séculos depois. A perseguição era mais subtil.
Por diversas vezes foram obrigados a “renunciar” ao Talmude e à Mishna (significará que a proibição não era aplicada?). Só podiam usar versões do Antigo Testamento que tivessem sido aprovadas pelas autoridades; não se podiam ouvir os seus cânticos na vizinhança; pagavam uma taxa extra e eram periodicamente submetidos a debates para lhes provar os seus “erros”, terminando (oficialmente pelo menos), no reconhecimento voluntário da superioridade da religião cristã e pedido de baptismo. A Igreja ortodoxa opunha-se a estes debates, porque considerava que pressionar os judeus a converterem-se, estava errado e não era feito com sinceridade.
Os judeus eram vistos assim de vários modos: eram o testemunho do Antigo Testamento, a prova visível da superioridade dos cristãos (tinham sido o provo eleito e depois ao rejeitarem o Messias tinham-se posto à margem, perdendo a sua posição em favor dos cristãos).
Dedicavam-se a vários trabalhos: como comerciantes, artesãos, trabalhadores agrícolas; o facto de não terem sido reduzidos a prestamistas é capaz de ajudar a explicar não terem sido odiados. A partir do ano mil a sua situação degradou-se um pouco: foram obrigados a sair do interior de Constantinopla, mas sem mais consequências; quando se deu a IV cruzada o seu bairro foi incendiado e foram massacrados (bem, mas isso os cruzados também o fizeram sem discriminação à restante população cristã). As várias comunidades mantinham-se solidárias em caso de problemas: se uma cidade era saqueada e os habitantes vendidos como escravos, os judeus de outra cidade que tivesse escapado incólume resgatavam os seus compatriotas.
Com a conquista do Império pelos otomanos, integraram-se como mais uma das comunidades minoritárias.
Em Bizâncio as coisas passavam-se de forma diferente. Tendo-lhes sido progressivamente retirados os elementos de cidadania, nunca foram abertamente perseguidos (embora não lhes fizessem a vida fácil). Se do séc. IV ao VII se deram conflitos nas principais cidades do oriente entre comunidades hebraicas e gregas (tal conflito já vinha de trás), estes extinguiram-se com a conquista desses vastos territórios pelos árabes. De qualquer maneira nunca se deram os progroms que seriam tão frequentes no ocidente séculos depois. A perseguição era mais subtil.
Por diversas vezes foram obrigados a “renunciar” ao Talmude e à Mishna (significará que a proibição não era aplicada?). Só podiam usar versões do Antigo Testamento que tivessem sido aprovadas pelas autoridades; não se podiam ouvir os seus cânticos na vizinhança; pagavam uma taxa extra e eram periodicamente submetidos a debates para lhes provar os seus “erros”, terminando (oficialmente pelo menos), no reconhecimento voluntário da superioridade da religião cristã e pedido de baptismo. A Igreja ortodoxa opunha-se a estes debates, porque considerava que pressionar os judeus a converterem-se, estava errado e não era feito com sinceridade.
Os judeus eram vistos assim de vários modos: eram o testemunho do Antigo Testamento, a prova visível da superioridade dos cristãos (tinham sido o provo eleito e depois ao rejeitarem o Messias tinham-se posto à margem, perdendo a sua posição em favor dos cristãos).
Dedicavam-se a vários trabalhos: como comerciantes, artesãos, trabalhadores agrícolas; o facto de não terem sido reduzidos a prestamistas é capaz de ajudar a explicar não terem sido odiados. A partir do ano mil a sua situação degradou-se um pouco: foram obrigados a sair do interior de Constantinopla, mas sem mais consequências; quando se deu a IV cruzada o seu bairro foi incendiado e foram massacrados (bem, mas isso os cruzados também o fizeram sem discriminação à restante população cristã). As várias comunidades mantinham-se solidárias em caso de problemas: se uma cidade era saqueada e os habitantes vendidos como escravos, os judeus de outra cidade que tivesse escapado incólume resgatavam os seus compatriotas.
Com a conquista do Império pelos otomanos, integraram-se como mais uma das comunidades minoritárias.
quinta-feira, fevereiro 12, 2004
Os Judeus na Idade Média-II
Com a queda do Império, a intolerância pareceu ficar parada por algum tempo. Na Península Ibérica, em princípios do séc. VII os reis visigodos começam as primeiras perseguições: obrigatoriedade de conversão ou expulsão. Com a conquista muçulmana, os Judeus gozam de uma relativa protecção; aliás, por toda a Europa ocidental, até ao séc. X, as perseguições são raras. Com o retrocesso económico que se dera na Alta Idade Média, e o corte entre o ocidente cristão, e oriente muçulmano, o comércio ficara muito reduzido. Os Judeus estando presentes nos dois mundos, mantinham o contacto, e foram assenhorando-se do comércio entre as duas zonas (normalmente de produtos de luxo).
A partir do séc. X as coisas começaram a modificar-se: a sociedade começa a tornar-se mais “cristianizada” e mais intolerante. Em verdadeiras explosões de fúria são feitos ataques da população a Judeus, matando indiscriminadamente homens, mulheres e crianças. Razões económicas para além das religiosas misturam-se: privados do exercício das actividades económicas consideradas “normais” (cultivo da terras), dedicavam-se entre outras coisas à usura (empréstimo com juros, o que era proibido aos cristãos), o que os tornava mais odiados. Grupos de cruzados por várias vezes ao dirigirem-se para a Terra Santa, dedicavam-se a exterminar as comunidades judaicas que encontrassem pelo caminho. Começa a ser hábito espalhar rumores sobre blasfémias e sacrifícios que os Judeus praticariam em segredo para escárnio dos cristãos. Lentamente os Judeus passam a ser forçados a viver acantonados numa zona da cidade (Judiarias- aliás este termo acabaria por entrar no vocabulário popular como significando uma acção vil) e a usar um vestuário com uma marca que os distinguisse (a estrela de David por exemplo).
A atitude da Igreja variava muito: se a corte Pontifícia se revelava normalmente tolerante, protegendo-os, e empregando-os mesmo (como médicos), o baixo clero mais próximo da população incentivava ao ódio e à perseguição. Os soberanos também tinham atitudes diferentes: Frederico Hoenstaufen rodeava-se de Judeus e muçulmanos. Pelo contrário, contava-se uma estória sobre João Sem Terra, em que este precisando de dinheiro, mandara prender um judeu com fama de rico, ordenou que lhe fossem arrancados todos os dentes e só depois é que lhe pediu dinheiro... Verdade ou fantasia (afinal contavam-se muitas coisas sobre João Sem Terra), isto ilustra a instabilidade social dos Judeus: ricos e convivendo com soberanos por um lado, mas sujeitos aos caprichos destes para os defender da fúria das populações.
A partir do séc. X as coisas começaram a modificar-se: a sociedade começa a tornar-se mais “cristianizada” e mais intolerante. Em verdadeiras explosões de fúria são feitos ataques da população a Judeus, matando indiscriminadamente homens, mulheres e crianças. Razões económicas para além das religiosas misturam-se: privados do exercício das actividades económicas consideradas “normais” (cultivo da terras), dedicavam-se entre outras coisas à usura (empréstimo com juros, o que era proibido aos cristãos), o que os tornava mais odiados. Grupos de cruzados por várias vezes ao dirigirem-se para a Terra Santa, dedicavam-se a exterminar as comunidades judaicas que encontrassem pelo caminho. Começa a ser hábito espalhar rumores sobre blasfémias e sacrifícios que os Judeus praticariam em segredo para escárnio dos cristãos. Lentamente os Judeus passam a ser forçados a viver acantonados numa zona da cidade (Judiarias- aliás este termo acabaria por entrar no vocabulário popular como significando uma acção vil) e a usar um vestuário com uma marca que os distinguisse (a estrela de David por exemplo).
A atitude da Igreja variava muito: se a corte Pontifícia se revelava normalmente tolerante, protegendo-os, e empregando-os mesmo (como médicos), o baixo clero mais próximo da população incentivava ao ódio e à perseguição. Os soberanos também tinham atitudes diferentes: Frederico Hoenstaufen rodeava-se de Judeus e muçulmanos. Pelo contrário, contava-se uma estória sobre João Sem Terra, em que este precisando de dinheiro, mandara prender um judeu com fama de rico, ordenou que lhe fossem arrancados todos os dentes e só depois é que lhe pediu dinheiro... Verdade ou fantasia (afinal contavam-se muitas coisas sobre João Sem Terra), isto ilustra a instabilidade social dos Judeus: ricos e convivendo com soberanos por um lado, mas sujeitos aos caprichos destes para os defender da fúria das populações.
segunda-feira, fevereiro 09, 2004
Era Atómica II
Para os que se interessaram por um post meu anterior, sobre o envio a dez personalidades norte-americanas de cartas concendendo-lhes autoridade presidencial para assumirem funções governativas chave em caso de guerra nuclear, esta página dá algumas informações interessantes.
Para começar, temos o fac simile das cartas enviadas e assinadas pelo presidente Dwight Eisenhower, bem como a respectiva transcrição. Depois, temos a identificação e biografia de cada um dos "Dez Magníficos" (que, afinal, eram só nove) - e um deles ainda está vivo...
Mais importante ainda, temos a informação de que a administração Kennedy só "despediu", aparentemente, seis dos nove homens que receberam a carta do anterior presidente. Parece mesmo que os EUA continuaram a recorrer durante mais uns anos à nomeação ad hoc de responsáveis governativos para o caso de uma eventual catástrofe nuclear.
Ah, e já agora, o site da Conelrad, onde está toda esta informação, é um excelente repositório de história da Guerra Fria.
Para começar, temos o fac simile das cartas enviadas e assinadas pelo presidente Dwight Eisenhower, bem como a respectiva transcrição. Depois, temos a identificação e biografia de cada um dos "Dez Magníficos" (que, afinal, eram só nove) - e um deles ainda está vivo...
Mais importante ainda, temos a informação de que a administração Kennedy só "despediu", aparentemente, seis dos nove homens que receberam a carta do anterior presidente. Parece mesmo que os EUA continuaram a recorrer durante mais uns anos à nomeação ad hoc de responsáveis governativos para o caso de uma eventual catástrofe nuclear.
Ah, e já agora, o site da Conelrad, onde está toda esta informação, é um excelente repositório de história da Guerra Fria.
Os Judeus na Idade Média-I
Li recentemente um post sobre as consequências da expulsão dos Judeus nas descobertas, e decidi fazer um sobre a Idade Média.
Depois da guerra romano-judaica no reinado de Adriano, com a proibição dos judeus voltarem ao seu território de origem, a situação ficou resolvida para os romanos: sem uma terra que pudessem tentar tornar independente, as revoltas estavam suprimidas. Espalharam-se um pouco por todo o mediterrâneo, onde já existiam comunidades. Com o édito de Caracala em 212, todos os homens livres adquiriram a cidadania romana, incluindo os Judeus. Apesar de serem monoteístas, estavam dispensados de prestar sacrifícios ao génio do Imperador; também tinham um patriarca que de algum modo representava os interesses judaicos perante o estado. A que se deve essa dispensa? Ao reconhecimento de uma tradição antiga, que sempre os livrara do culto imperial e ao facto de pertencerem a um grupo étnico (o mesmo não sucedia com os cristãos: eram uma religião recente sem prestígio, e vindos de todas as raças). Mesmo embora a sociedade se fosse tornando mais totalitária do ponto de vista religioso, até à conversão de Constantino no séc. IV, a situação pouco mudou. Progressivamente, com o estabelecimento do Cristianismo como religião estatal, todos os “não católicos” (pagãos, cristãos de outras confissões, judeus), foram perdendo os seus direitos; deixaram de poder ser nomeados para cargos honoríficos, possuir escravos cristãos (que a longo prazo significava perder a possibilidade de ter terras), a própria liberdade de culto.
Depois da guerra romano-judaica no reinado de Adriano, com a proibição dos judeus voltarem ao seu território de origem, a situação ficou resolvida para os romanos: sem uma terra que pudessem tentar tornar independente, as revoltas estavam suprimidas. Espalharam-se um pouco por todo o mediterrâneo, onde já existiam comunidades. Com o édito de Caracala em 212, todos os homens livres adquiriram a cidadania romana, incluindo os Judeus. Apesar de serem monoteístas, estavam dispensados de prestar sacrifícios ao génio do Imperador; também tinham um patriarca que de algum modo representava os interesses judaicos perante o estado. A que se deve essa dispensa? Ao reconhecimento de uma tradição antiga, que sempre os livrara do culto imperial e ao facto de pertencerem a um grupo étnico (o mesmo não sucedia com os cristãos: eram uma religião recente sem prestígio, e vindos de todas as raças). Mesmo embora a sociedade se fosse tornando mais totalitária do ponto de vista religioso, até à conversão de Constantino no séc. IV, a situação pouco mudou. Progressivamente, com o estabelecimento do Cristianismo como religião estatal, todos os “não católicos” (pagãos, cristãos de outras confissões, judeus), foram perdendo os seus direitos; deixaram de poder ser nomeados para cargos honoríficos, possuir escravos cristãos (que a longo prazo significava perder a possibilidade de ter terras), a própria liberdade de culto.
sexta-feira, fevereiro 06, 2004
terça-feira, fevereiro 03, 2004
segunda-feira, fevereiro 02, 2004
Algumas evoluções do exército romano-III
No séc. II, com a paz e certa prosperidade, os italianos apenas querem ficar na guarda pretoriana (onde usufruem de um soldo mais elevado, prestígio de servir directamente o imperador, e claro poder), e as coortes urbanas, onde gozam as delícias da vida em Itália sem se aborrecer com a guerra. Os legionários são todos colonos. Mas um fenómeno importante começa a impor-se: os soldados que foram desmobilizados numa zona, casaram e ficaram aí a viver e os seus filhos alistam-se mas pretendem servir nessa zona, e não serem colocados noutra terras distante. Ou seja, as legiões de unidade móveis começam a tornar-se fixas, quase guarnições. Este fenómeno do recrutamento e defesa local, só ficaria completo com as reformas no séc. IV entre a divisão entre um exército estacionário e um móvel. Outro elemento, é o progressivo alistamento de cidadãos nas unidades auxiliares (porque os filhos de pais que tinham adquirido a cidadania pretendiam servir nessa unidade e não queriam ir para outro local). As unidades auxiliares vem as suas tropas perderem agressividade na medida em que as zonas que tinham sido anteriormente bárbaras (península ibérica, Gália), estavam a romanizar-se e a ficar mais civilizadas com os progressos da pax romana; vão-se esbater assim as diferenças com as legiões. De qualquer modo mantém-se sempre unidades mais flexíveis (para combate de escaramuça contra salteadores bárbaros), devido ao tipo de função que lhes é exigido. No séc. III devido às dificuldades de recrutamento, é estendida a cidadania a todos os homens livres, o recrutamento fica facilitado, mas vemos, que o critério deixa de ser a qualidade para ser a quantidade. Quanto às tropas auxiliares, vão lentamente ser preenchidas com bárbaros, até que no séc. IV elas detêm o seu quase monopólio com as auxilia palatinae, tornando-se a tropa de escol do império, em detrimento das legiões (é certo que treinadas e equipadas à romana).
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