sexta-feira, novembro 07, 2003

Vikings-II

Para Ocidente começaram as suas incursões pela Inglaterra (que a princípio decidiu livrar-se deles pagando um tributo; acabaram por conquistar o país até Alfredo lhes fazer frente, depois conseguiram mesmo ter um rei seu com Cnut), a Irlanda (destruindo os mosteiros que tinham possuído um incomparável brilho intelectual e cultural na triste Europa de até então), França (para se livrar deles, um rei de França entregou-lhes mesmo uma província que se chamaria Normandia), Península Ibérica (fizeram mais estragos na zona controlada pelos muçulmanos porque eram os únicos que tinham cidades dignas desse nome), Itália, e um pouco do mediterrâneo oriental e sul.
Para leste, dirigiram-se até à Rússia, criando estados em território eslavo; em Bizâncio formaram a guarda Varegue, uma unidade de elite, absolutamente fiel ao Imperador.
Para ocidente, chegaram à Islândia onde criaram uma república razoavelmente igualitária (pelo de acordo com os padrões da época), fundaram colónias da Gronelândia (a última extinguiu-se por inícios do séc. XVI, por pouco que os portugueses não tropeçaram neles) e existe elevada probabilidade de terem atingido a América. Digo “elevada probabilidade”, porque não há vestígios arqueológicos irrefutáveis. Existem sim sagas, e crónicas da descrição de terras que correspondem a esse continente e respectivos habitantes. Numa dessas crónicas descrevem como encontraram um grupo que os foi receber, mas dois conseguiram depois escapar com vida (dois índios que se entenda)... Supostamente passaram um Inverno numa povoação algures no norte, mas o seu temperamento algo “fogoso”, levou à guerra com os indígenas. Acabaram por levantar âncora e partir de volta à Europa (muito semelhante com o que se passou com os espanhóis de Colombo, com a excepção de que estes voltaram). Claro que mesmo que tenham sido eles os primeiros a chegar à América (ou outros povos anteriormente como já se sugeriu- chineses, fenícios, romanos, egípcios, para não falar dos próprios índios), a realidade é que a viagem que interessou para colocar a América no circuito dos mapas foi a de Colombo e não Leif Erikson (ou do mercador que lhe deu a informação para ser mais exacto).
Com os seus barcos pequenos e robustos, passaram rapidamente de meros assaltantes (como ainda se nota por tesouros arqueológicos descobertos na Escandinávia), a piratas/comerciantes dado os lucros que podiam obter juntando as duas actividades(nunca perdendo a sua faceta violenta quando necessária).

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